terça-feira, 14 de setembro de 2010

LOMBOCIATALGIA


          A lombociatalgia, caracterizada pelo estreitamento do canal vertebral das vértebras lombares é uma patologia de difícil diagnóstico e muito fácil de ser confundida com hérnia de disco, síndrome do piriforme ou mesmo artrose discal por causa da localização de certa forma complexa por onde passam importantes ramificações nervosas. A “Dor do Ciático” é aquela causada por uma compressão de sua raiz nervosa, localizada na região lombar (L3 e L4 e L5 e S1), na maioria das vezes causada por uma hérnia discal
          A hérnia discal mais freqüente, em L5-S1, é o responsável pela grande maioria das lombociatalgias. Outros fatores podem, também, determinar compressão radicular, como tumores, processos inflamatórios, osteófitos, etc. A articulação sacro-lombar, entre a L5 e S1 é o ponto equilíbrio do corpo humano. Assimetrias do quadril costumam ser responsável por diversos problemas desde o pé até o pescoço em função de esta importante articulação fazer parte de uma cadeia cinética fechada.


  
A má postura na posição ortostática, na marcha, ao se sentar, nas atividades físicas e diárias e durante o repouso produz desequilíbrios músculos-articulares que constituem a mais freqüente causa de dor. 

Ao lado da cefaléia, a dor lombar talvez seja a queixa mais freqüente na prática médica. Em ambas, a dor tem localização lombar ou sacra lombar, quase sempre bilateral, mas predominando em um dos lados.


           Na lombalgia é comum a dor não apresentar irradiação importante, enquanto na lombociatalgia ela se irradia para a nádega e face posterior da coxa, podendo estender-se até o pé. A intensidade da dor é variável, desde uma sensação de desconforto até uma dor lancinante e a movimentação da coluna agrava a dor. Quase sempre há transtorno funcional, impedindo o paciente de trabalhar, recostar ou deitar. Em alguns casos há completo bloqueio funcional, ficando o paciente numa posição rígida, sem condições de exercer qualquer atividade. A dor pode ser aguda, desencadeada por um esforço físico (levantar um peso, por exemplo) ou surgir gradativamente. É comum a presença de rigidez matinal que melhora com a movimentação. Mudanças de posição, o ato de sentar, deambulação, tosse, espirro e pequenos esforços provocam dor. Observa-se limitação da mobilidade da coluna, dor à palpação da região lombar, podendo haver uma área extremamente sensível. A compressão da região lombar pode despertar dor pelo trajeto do nervo ciático, sendo ele em região de nádegas, coxa perna e pé.
As lombociatalgias são ocasionadas por processos inflamatórios, degenerativos, por alterações da mecânica da coluna vertebral, malformações e sobrecarga da musculatura lombar.
Admite-se que a principal causa da lombociatalgia seja uma alteração do disco intervertebral, que se tornaria incapaz de amortecer as cargas que lhe são transmitidas. Mas sabendo que a parte central do disco não possui inervação sensitiva, admite-se que a dor só surge quando as alterações discais atingem as lamelas superficiais e o ligamento posterior, estruturas ricamente inervadas.
          Quando ocorre herniação do disco, a raiz nervosa comprimida é que dá origem a dor, a qual adquire, então, as características de uma síndrome radicular.
 
Nos casos de lombociatalgias ou síndrome ciática, deve-se pensar em primeiro lugar em hérnia de disco intervertebral.


As lombociatalgias por hérnia discal compreendem as seguintes variedades:

          Raiz L4 (disco herniado entre L3 e L4) – Dor na região lombar, face posterior da coxa, face medial da perna. Parestesia na região medial do joelho ou do pé. Deficiência do movimento de inversão do pé. Diminuição ou abolição do reflexo patelar.

          Raiz L5 (disco herniado entre L4 e L5) – Dor lombar, na face posterior da coxa, face lateral da perna e região maleolar externa. Parestesias no dorso do pé e hálux. Déficit motor na flexão do pé. Reflexos normais.

         Raiz S1 (disco herniado entre L5 e S1) – Dor lombar, na face posterior da coxa, face posterior de perna e calcanhar. Parestesias na borda lateral do pé e dois últimos pododáctilos. Déficit motor na flexão plantar do pé. Diminuição ou abolição do reflexo aquileu.



         A rigidez pós-repouso, geralmente matinal, costuma ocorrer tanto nas doenças inflamatórias como nas degenerativas. Há, contudo, uma diferença que merece ser destacada. A rigidez de origem inflamatória é mais persistente, ou seja, o paciente se levanta com dor e rigidez na coluna que persiste por tempo prolongado, enquanto nos processos degenerativos o paciente pode levanta-se com rigidez, mas este é fugaz, passageira, logo desaparecendo.

Causas:
· Espondiloartrose;
· Protusão Discal;
· Hérnia de Disco;

Quadro Clínico:
· Dor local, sendo aumentada com a palpação;
· Dor irradiada para o membro ou membros inferiores e pés;
· Parestesia do local ou do membro ou membros inferiores e pés;
· Dor durante repouso e em movimento;
· Hipotrofia e Hipotonia;
· Arco de Movimento Incompleto, incapacidade de movimento devido à dor;
· Alteração da biomecânica da coluna lombar, aparecimento de outras patologias tal como escoliose, hiperlordose e etc.;

Avaliação Fisioterapêutica:
     · Anamnese;
     · Exame Físico:
     · Inspeção: observar postura, marcha, coloração da pele, cicatriz;
     · Palpação: visa observação da tensão muscular;
     · Teste Articular e Muscular para coluna lombar e membro inferior;
     · Teste de Laségue: utiliza-se para observar se há compressão de raiz nervosa. O Fisioterapeuta realizará passivamente uma flexão de coxo-femural e aos 30/45 graus desta posição o paciente pode referir dor, dormência (parestesia), caracterizando uma compressão radicular.
· Perimetria;
· Sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa);
· Reflexos;

Diagnóstico:
Radiografia (Raio X), são evidenciados no exame:
· Escoliose;
· Diferença de comprimento dos membros, que predispõe a escoliose;
· Alterações das sacro-ilíacas;
· Hiperlordose lombar;
· Sacro horizontalizado;
· Diminuição acentuada do espaço entre L5 e S1;
· Espondilólise;
· Espondilolistese;

Objetivos do Tratamento:
· Abolir ou diminuir a dor o mais rápido possível;
· Melhorar ou manter a ADM (Amplitude De Movimento);
· Normalizar tensão muscular, proporcionar relaxamento da musculatura;
· Normalizar o trofismo;
· Normalizar a força muscular através de exercícios;
· Abolir parestesia com descompressão das raízes nervosas;
· Normalizar a marcha com a exclusão da dor;

Tratamento Fisioterapêutico Proposto:
· T.E.N.S.;
· Ondas Curtas pulsado na fase aguda e continuo na fase crônica;
· Crioterapia deve ser realizado duas vezes ao dia por vinte minutos;
· Calor Superficial, melhorando assim o metabolismo local;
· Massagem Relaxante poderá ser realizada sem a presença de dor;
· Hidroterapia é indicada, pois dentro da água não tem compressão entre as vértebras, facilitando assim a realização de alguns exercícios;
· Repouso é necessário;
· Cinesioterapia é indicada para o restabelecimento da musculatura, atuando também na prevenção de futuras complicações, como:
         - Exercícios de alongamento da Coluna Lombar;
         - Exercícios de Báscula Pélvica;
         - Exercício de fortalecimento dos abdominais;
         - Exercício de alongamento dos Ísquios-tibiais;
         - Exercícios de alongamento do Tendão de Aquiles;
         - Exercícios de alongamento dos flexores de quadril;

           A coluna vertebral é a estrutura de sustentação da parte superior do corpo humano, responsável pela mobilidade da porção superior do tronco. A estabilidade dessa estrutura pode ser rompida por acidentes e situações, como quedas, sobrecarga, atitude postural, colisão, etc, que atingem principalmente a saúde, que solicita de forma anormal a coluna vertebral, acarretando para si os riscos de uma lombalgia e lombociatalgia.
          Como vimos ao longo deste, tais patologias costumam ser decorrentes de sete mecanismos principais e apresenta uma ordem de freqüência variada, sendo mais comum a lombalgia por fadiga da musculatura paravertebral, freqüente em indivíduos que adotam uma postura inadequada durante a realização de suas atividades. A Fisioterapia aplica soluções diferenciadas, visando ensinar o indivíduo como manter de forma sadia a sua estrutura vertebral a fim de evitar-lhe danos algumas vezes de tratamento prolongado ou até mesmo irremediáveis

Fonte:
www.institutocoluna.com.br
www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/072.pdf
www.fes.br/disciplinas/fis/ES.../debora%20.lombociatalgia.ppt
http://fisioterapianota10.com



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

DOR NAS COSTAS


        

         Esta dor também é chamada principalmente de DOR NAS COSTAS, DOR LOMBAR ou LOMBALGIA, (procure no blog por lombalgia).

          Além destes nomes existem outros sinônimos usados popularmente como:

                - ”LUMBAGO”;
                - “DOR NA CINTURA”;
                - “COLUNA TRAVADA”;
                - “ESPINHELA CAIDA”.

          Geralmente a pessoa se queixa de uma dor difusa, na região baixa da coluna vertebral, próxima à cintura e acima das nádegas. (Esta região da coluna é chamada de coluna lombar).

          A dor no início pode ser leve e ir aumentando gradativamente, piora com os movimentos e melhora na posição deitada. A coluna parece "travada" e a pessoa, devido ao espasmo muscular na região lombar, anda com o corpo rígido ou encurvado. Aos mínimos movimentos surge uma dor ou uma pontada e o doente pode referir uma "falha" na sua coluna ou nas pernas "é como se as pernas não agüentassem o peso do corpo".

          A dor nas costas comum que todos nós conhecemos aparece principalmente pela manhã e melhora logo após você se levantar e começar a andar. Você sente dor ao se curvar para lavar o rosto e sempre está em busca de uma melhor posição. Ela em geral desaparece e retorna no fim do dia e você não vê à hora de chegar em casa para tomar um chuveiro quente e se deitar, pois sabe que o alivio virá logo depois.
Este quadro doloroso pode se tornar crônico e estar sempre presente ou desaparecer e reaparecer em intervalos variáveis. Ela surge após a pessoa ficar sentada ou de pé por algum tempo você pode até querer interromper uma conversa para encontrar um lugar onde se encostar durante uma viagem, quando se fica no carro parado no transito ou mesmo durante uma sessão de cinema.

         A dor nas costas também pode ter início rápido e agudo, geralmente motivada por um movimento brusco referido como "mau jeito" ou queda. Esta dor é intensa e o portador vê-se obrigado a ir para a cama e lá você fica imóvel, deitado, não conseguindo se levantar até para tomar um banho ou se alimentar. Esta dor afeta sempre um dos lados e dificilmente abrange os dois membros. Em geral começa na nádega, parte de trás da coxa e a panturrilha. Aos mínimos movimentos surge uma pontada extremamente dolorosa na nádega ou em algum local da perna. A elevação do membro é difícil ou mesmo impossível.


        Quando a dor se irradia para as coxas e pernas ela é chamada de dor ciática, devido a uma irritação ou inflamação da inervação ciática. Quando associadamente aparece formigamento ou perda de força nas pernas ou perda de sensibilidade, deve tratar-se de lesões mais sérias e, o doente necessita urgentemente de tratamento.

          Outro problema é a criança que se queixa de dor nas costas. Tal sintoma é absolutamente anormal da criança e deve ser investigado por especialista.
          Várias doenças podem causar dor nas costas de crianças, por exemplo:
·                                      -  Osteomielite (infecção na vértebra) ou discite que é a infecção dos discos;
·                                      -  Malformações da medula nervosa como cistos;
·                                     - Tumores benignos e malignos;
             - Espondilolises e espondilolisteses: É um defeito que aparece na última vértebra lombar podendo provocar seu deslizamento para frente. Quando o deslizamento é exagerado.

Tratamento Medicamentoso
         Existem três tipos de medicamentos que podem ser usados isoladamente ou em conjunto. São os relaxantes musculares, analgésicos e antiinflamatórios não esteróides.
·                                   - RELAXANTES MUSCULARES: - que como o próprio nome indica relaxa a tensão e o    espasmo muscular;    
·                                  - ANALGÉSICOS: - aliviam a dor e conseqüentemente a tensão;
·                                 - ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES: São medicamentos que não contém cortisona. Agem diretamente na região inflamada reduzindo a congestão venosa e a inflamação local. 
Esportes e Coluna
          As atividades físicas mais aconselhadas para quem tem dores nas costas são:
·                                          -  Natação com nado tipo CRAW ou costas;
·                                         - Andar na piscina com água na altura do umbigo;
·                                          -  Andar naturalmente ou executando um programa como "Cooper" ou "Jogging";
·                                          -  Alongamento muscular nas barras paralelas.
·                                          - Outros esportes dependendo da preferência devem ser aconselhados pelo médico;
·                                           - O esporte que recomendamos e que não tem restrições é a NATAÇÃO.

Para maiores informações procure no blog por Lombalgia.


Fonte:
doresnascostas.com.br/
HTTP://fisioterapianota10.blogspot.com

sábado, 11 de setembro de 2010

CERVICALGIA


          
          A cervicalgia costuma ser insidiosa, sem causa aparente. Mas raramente se inicia de maneira súbita, em geral está relacionada com movimentos bruscos do pescoço, longa permanência em posição forçada, esforço ou trauma e até mesmo alterações da ATM (articulação têmporo-mandibular). O paciente com cervicalgia geralmente relata uma melhora quando está em repouso e exacerbação da dor com o movimento.
          A cervicalgia é um sintoma que atinge 18% da população geral e se torna mais prevalente com o avanço da idade, ocorrendo em 40-50% da população com idade superior a 45 anos.

ANATOMIA
          A coluna cervical é o segmento mais móvel de toda a coluna vertebral. A região é submetida a um grande número de agressões e pressões, a exemplo do peso da cabeça, esforços ao nível dos membros superiores, posturas de trabalho, esporte, sono e incidência do estresse. A coluna cervical é subdividida em superior, sendo composta de atlas (C1) e axis (C2), e inferior que começa em C3 e termina em C7. A cervical superior tem uma mobilidade mais baixa comparada com a inferior, que possui larga amplitude de movimento. Essas diferenças geram desalinhamentos articulares e sobrecargas musculares, provocando alteração da biomecânica.







SINTOMAS E DIAGNÓSTICOS
          As cervicalgias podem ocorrer associadas às contraturas musculares com pontos de gatilho, hérnias de disco, doença articular degenerativa, inflamatória, infecciosa e metabólica, alterações posturais, compressão nervosa, estenose do canal medular, fraturas e outros. Sendo assim, é necessário que seja feita uma avaliação fisioterápica criteriosa
          A Dor Cervical ocorre como sintoma de afecções não raquidianas. As causas mais freqüentes são: patologia do ombro; patologia ORL ou esofágica (ex. adenopatia cervical, hérnia do hiato); patologia vascular (dissecção da carótida ou da vertebral); lesões do SNC. A história clínica orienta para o diagnóstico da patologia principal. O exame da coluna cervical é geralmente normal e os exames complementares de diagnóstico são efetuados de acordo com a clínica.
         Cervicalgia irradiada por radiculopatia caracteriza-se por irradiação da dor para o membro superior (cervicobraquialgia) ou para a cabeça (nevralgia occipital). Acompanha-se de queixas neurológicas. Resulta da compressão radicular, causada geralmente por hérnias discais em idades mais jovens e por patologia degenerativa em idades mais avançadas
        Mielopatia espondilótica (artrose cervical crônica) e uma complicação grave da artrose cervical que surge geralmente após os 60 anos. A dor habitualmente não é o sintoma principal. O quadro típico é a instalação de uma paraparesia espástica e de alterações sensitivas nos membros superiores com distribuição poli-radicular e bilateral. O sinal de Lhermite (dor tipo choque ao longo da coluna e membros com a flexão cervical) é muito típico.
      Os recursos como raio X, ressonância magnética, tomografia computadorizada, ultra som e exames laboratoriais, juntamente como uma anamnese (investigação através de informações colhidas) são de suma importância para o fechamento do diagnóstico e conseqüentemente o tratamento mais adequado.

CAUSAS
          As patologias possíveis são: Espondilite e espondilodiscite (bacteriana, tuberculosa, brucélica). Doenças infecciosas freqüentes em doentes imunodeprimidos, com infecções concomitantes ou após gestos locais. A cervicalgia é intensa, inflamatória, com rigidez articular e sinais gerais associados (febre, arrepios, etc.). Nas fases iniciais as radiografias podem ser normais, sendo necessário fazer TAC e/ou RM. O diagnóstico confirma-se com biópsia dirigida.
          Doenças inflamatórias: Artrite Reumatóide: 30% dos doentes com AR têm cervicalgia que se caracteriza por ritmo inflamatório e rigidez matinal. Pode dever-se a subluxação ou luxação atlanto-odontoideia (1ª e 2ª vértebra cervical) anterior (ou vertical). Raramente podem surgir complicações neurológicas. A radiografia cervical de perfil em flexão permite o diagnóstico.
         Cervicalgia de ritmo inflamatório com rigidez acentuada, em doentes com história familiar de espondilartropatias, uveítes, diarréias, psoríase e atinge globalmente articulações sacro ilíacas.
         A Uncoartose que é a diminuição do forame intramedular com compressão medular, causando formigamentos irradiados para membros superiores, cefaléias, cervicalgias, e comprometimentos da musculatura da região dorsal das costas.
         Neoplasias Tumores benignos são raros e a sintomatologia pode surgir por compressão local: geralmente agrava com o decúbito e alivia com a marcha. Sinais neurológicos sublesionais podem ocorrer. Tumores malignos: Freqüentemente são metástases de neoplasias (mama, próstata, pulmão, tiróide, rim, linfoma) e mieloma múltiplo. Os sintomas habituais são cervicalgias de início progressivo, intensas, sem ritmo definido e rebelde ao tratamento, associadas a alterações do estado geral. A caracterização histológica é fundamental para o tratamento.
          Traumatismos e Lesões com ou sem fratura apresentam cervicalgia, após acidentes de trânsito, quedas, mesmo na ausência de fatura podem surgir às lesões “em chicote”: dor cervical intensa, contratura, perda de mobilidade, cefaléia occipital (dor na nuca) e vertigens, fadiga e déficit neurológico.
         Doenças metabólicas são: Osteoporose, osteomalácia, hiperparatireoidismo. Cervicalgia aguda causada por microfratura ou achatamento vertebral.  Lesões do SNC. Tumores intramedulares, siringomielia, lesões vasculares. Cursam com clínica causada por compressão intra-raquidiana ou características da doença neurológica.
          As causas psicogênicas como depressão, ansiedade, cervicalgia geralmente difusa, mal definida. Ausência de alterações no exame objetivo. Quadro de sintomas psiquiátricos associado também pode causar cervicalgia





CERVICALGIA COMUM
          As cervicalgias mais freqüentes são as cervicalgias comuns que se diagnosticam após exclusão dos quadros anteriores e se caracterizam por dor cervical associada a perturbações estáticas e posturais, miofasciais ou osteoarticulares degenerativas. Evoluem de modo intermitente e pode dever-se a envolvimento dos segmentos superiores, com irradiação ocasional para a região suboccipital (nevralgia de Arnaud), médios ou inferiores (com irradiação freqüente para a região dorsal alta). Os episódios dolorosos agudos manifestam-se freqüentemente por quadros de torcicolo, com contratura muscular e posição antálgica em flexão lateral e rotação. Nos restantes períodos a clínica é pobre. A radiografia simples pode mostrar alterações da estática ou sinais de osteoartrose. No entanto, a cervico-artrose só deve ser considerada responsável pela cervicalgia após exclusão de outras causas, pois não existe paralelismo entre os sinais radiológicos e a sintomatologia.
         As perturbações das curvaturas cervicais fisiológicas e as posturas incorretas prolongadas são causa importante de cervicalgia, pelo que devem ser procuradas e corrigidas.
Outras causas freqüentes de cervicalgia são as síndromes miofasciais que se caracterizam por dor e contratura muscular exacerbadas por pressão nos “pontos-gatilho”. As mais freqüentes são: síndrome dos músculos cervicais posteriores, do elevador da omoplata e do trapézio.


CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE COM CERVICALGIA
        O paciente apresenta freqüentemente uma cabeça anteriorizada em relação à coluna dorsal, uma extensão da cabeça em relação ao pescoço ou inclinações laterais da cabeça ou do pescoço, que podem ser de alteração leve, moderada ou grave. Depende do nível dos encurtamentos, podendo ser também de origem súbita com dor mais intensa após dormir em posturas inadequadas ou execução de um movimento brusco. Pode ocorrer em função da amplitude normal de movimento durante uma atividade funcional.


PREVENÇÃO
         As posturas sentadas ou deitadas com flexão de cabeça mantidas por longos períodos, muito comum durante a leitura, na televisão e no computador devido a baixa altura dos monitores. A postura de inclinação lateral da cabeça e elevação do ombro ao atender ao telefone, quando coloca o apoio do fone entre a cabeça e o ombro. A utilização do membro superior em elevação durante muito tempo também deve ser evitado, comum entre bibliotecários, cabeleireiros, garçons e outros. A cada 50 minutos deve ser feito um alongamento muscular e neural nessas regiões da cervical e membros superiores.
         A posição para dormir também pode ser determinante. Até onde o tipo de travesseiro ou de colchão responde pelas dores na região do pescoço e na nuca? Como boas partes da vida estamos sobre o colchão e o travesseiro, os mesmos são determinantes para manutenção de um bom alinhamento da coluna vertebral, o colchão deve ser semi-ortopédico e com densidade apropriada a cada indivíduo. O travesseiro não pode ser alto, deixando a cabeça fora do alinhamento. Pode-se dormir em decúbito lateral com um travesseiro entre os joelhos, outro apoiando a cabeça no espaço vazio entre a cabeça e o ombro e outro dando suporte ao membro superior contralateral ao colchão. Também em decúbito dorsal, com um travesseiro no espaço da cervical na altura onde a cabeça possa ficar em linha neutra; outro abaixo dos joelhos (que devem estar semi-fletidos). Deve-se evitar dormir em decúbito ventral (bruços), pois essa postura pode provocar uma rotação cervical mantida por longo período, gerando um desalinhamento entre as colunas cervical, dorsal e lombar.
         A ginástica laboral é vital para a prevenção das dores no pescoço. Os alongamentos previnem as lesões musculares e neurais, devido seus encurtamentos provocarem um tensionamento nas estruturas periarticulares, sendo responsáveis por várias patologias, a exemplo das tendinopatias, que normalmente iniciam com dores inflamatórias e evoluem para processos degenerativos dos tecidos moles como ligamentos, tendões, bursas, cápsula articular e fibras musculares. Como área de sustentação entre a cabeça e a coluna, a nuca é uma das regiões que concentra todos os excessos a que submetemos nosso organismo.



    Clínico
         Em quadros agudos, em que não há evidência de trauma, e se afasta comprometimento neurológico, o conjunto de evidências sugere que o manejo pode ser feito com antiinflamatório não hormonal ou analgésico.
Havendo contratura muscular pode-se lançar mão de relaxantes musculares, mas a evidência para o seu uso é fraca; ensaios randomizados mostram que tizanidina, baclofen e diazepan (relaxantes de ação central); ciclobenzaprina, carisoprodol, clorzoxazona e orfenadina (relaxantes de ação periférica).
      Colar cervical (faixa de segurança que restringe o movimento do pescoço) é indicado nas cervicalgias agudas provocadas por traumas de grande intensidade. O colar cervical deixa a coluna cervical em posição neutra, diminuindo a mobilidade, a tensão muscular e a sobrecarga articular, evitando a exacerbação dos sintomas.

    Fisioterápico
        Uma avaliação fisioterápica detalhada de modo a observar as alterações que podem ser responsáveis por essa queixa, investigando se a dor é decorrente de um trauma muscular, articular ou de problemas posturais. Sendo assim, o tratamento será indicado conforme o diagnóstico cinesiológico funcional.
A fisioterapia convencional visa tratar a dor e o processo inflamatório através da eletroterapia, termoterapia e a utilização do laserterapia
       A Fisioterapia é indicada tanto no caso das cervicalgias agudas como nas crônicas, pois existem métodos adequados para cada estágio, como a Facilitação Neuromuscular proprioceptiva e a Reeducação Postural Global, utilizando contrações isométricas ou isotônicas associadas a técnicas específicas com alongamentos ou relaxamento em posturas apropriadas.
        As alterações posturais têm grande responsabilidade pela maioria dessas dores que podem iniciar lenta e progressivamente devido aos encurtamentos musculares, que vão se formando na região anterior e posterior da cervical bem como na superior do ombro.



Fonte: 
Diário on line
www.Colunalegal.com.br
HTTP://residencia.mfc.pe.googlepages.com/d8_Cervicalgia_Tratamento.pdf